segunda-feira, 30 de junho de 2008

Leite creme conventual

Batem-se 12 gemas de ovos com 300 gramas de açúcar e casca de limão, durante meia hora, até ficarem esbranquiçadas.
Junta-se um polme de 75 gramas de farinha de trigo desfeita em 1 litro de leite e leva-se ao lume, mexendo sempre, até levantar fervura e deixar engrossar um pouco.
Retirar do lume e deitá-lo numa travessa ou tigelas individuais.
Em querendo, pode polvilhar com açúcar e queimá-lo com um ferro próprio para este fim.
Receita do Convento de S. Bento de Monção

É uma boa sobremesa, "leve" e agradável para esta altura do ano, sem pensar no colestrol...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Recado






Era uma vez uma bonita flor, que pela aurora sentiu o orvalho a percorrer as suas pétalas.

Era Primavera, na sua doce inocência.

Passou o Verão, o Outono, chegou o Inverno, e, na sua sôfrega vida, ela morreu.

Mas morreu feliz, de um dia ter amado...


Amo-te, Mãe



(Carta de uma menina com 16 anos, escrita há 9 anos, encontrada no baú das recordações,
entre as minhas mudanças...
"que nunca mais acabam...")


domingo, 22 de junho de 2008

Milagre de Nossa Senhora da Nazaré


A Sagrada e Venerável Imagem da Virgem Maria, trazida da cidade de Nazareth, resplandeceu em tempo dos Godos com milagres no mosteiro de Cauliniana junto à cidade de Mérida, sendo trazida para o Sítio pelo monge Romano e por el-rei Dom Rodrigo no ano de 714. Após a morte do monge e a partida do rei, ficou a Imagem escondida numa pequena gruta do rochedo durante 469 anos, sendo depois achada por D. Fuas Roupinho, no ano de 1182, como ele próprio certifica na sua doação.
Sucedeu que arremessando inconsideravelmente o cavalo no alcance de um veado que lhe fugia, estando para cair na última ponta do despenhadeiro, invocando o nome da Virgem Maria viu-se livre da queda e da morte, tendo-lhe mandado construir, em acção de graças, a pequena ermida.
Finalmente, em 1377, por ordem de D. Fernando, rei de Portugal, a imagem foi trasladada para o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré
Autor: Frei Bernardo de Brito
foto cedida pela minha amiga Luna (obrigada!)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Árvores do Alentejo










Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede
- Também eu ando a gritar morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!


Florbela Espanca



terça-feira, 17 de junho de 2008

Arrufada de Coimbra



Amasse 1 kg de farinha de trigo, 250 gr de açúcar, 5 ovos e um pouco de água morna ou leite, para que a massa fique mais fina. Junte 100 gr de manteiga derretida e continue a amassar. Tape e deixe levedar a massa de um dia para o outro.

Tenda as arrufadas em forma de pequenas bolas, com cerca de 5 cm de diâmetro e deixe levedar de novo até dobrar de volume.

Pincele com gema de ovo e leve ao forno em tabuleiros unstados com manteiga e polvilhados com farinha


Receita do Convento de Santa Clara de Coimbra
Em vésperas de mais um jogo da nossa selecção, vamos entrar com um "pequeno almoço" ligeiro, bem português, faltando só o cafézinho... e manteiga para barrar a arrufada (colestrol!!!), também pode ser um doce, caseiro, à moda da minha mãe, ou a tradicional marmelada, à antiga...
Bom apetite e bom dia!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Desespero

Quando o grito ecoa a mais profunda dor...

Quando o desespero embala um misto de mágoa e sofrimento...

Quando a morte nos indica que só ela nos livra da dor, da mágoa, do desespero, do sofrimento, da traição, do ódio...

então, eu quero a morte por companheira!

Estou muito cansada, muito só, sem esperanças nenhumas em nada... (quase)

Não sei porque me consegui safar naquele agosto... não consigo entender...

NÃO QUERO VIVER

(Fevº95)



. Este grito já passou, e, 13 anos depois, apenas resta a ténue lembrança da nuvem negra que não queria desaparecer...

O sol voltou, as flores cresceram e todos voltaram a rir e a sonhar, e a brincar...

Sim, porque as crianças são o melhor do mundo e temos que brincar com elas, como elas!

sábado, 14 de junho de 2008

El Comandante

2

Nasceu a 14 de Junho de 1928, em Rosário, na Argentina
Morreu a 9 de Outubro de 1967, em La Higuera, na Bolívia
Rosário, a noroeste de Buenos Aires, na Argentina, foi o berço e terra natal de Ernesto Guevara de la Serna.
Após sofrer alguns problemas de saúde, asma, e a conselho do médico, em 1932 a família mudou-se para Córdoba, uma cidade no centro do país.
Na vasta biblioteca de sua casa, desde muito cedo, pelos 12 ou 13 anos, terá tomado
conhecimento das obras de muitos autores, tais como, Marx, Engels, Lenine.
Sabe-se que com 15 anos terá lido Júlio Verne, Alexandre Dumas, Baudelaire, Neruda e Freud.
Em 1944 a família sofreu alguns problemas financeiros, pelo que Ernesto começou a trabalhar na Câmara duma vila nos arredores de Córdoba.
Em 1946 terminou o liceu e ingressou na faculdade de Medicina. A situação económica da família deteriorou-se, pelo que tiveram que vender a plantação de mate e, já na capital, Ernesto empregou-se outra vez como funcionário municipal e, mais tarde, numa tipografia. Foi chamado para cumprir serviço militar e, ironicamente, foi recusado por inaptidão física.
Depois da 2ª guerra mundial os estudantes constituiram a sua camada mais aguerrida e Guevara participou nessas lutas.
Fez a sua primeira viagem pelas províncias argentinas de Tucumán, Mendoza, Salta, Jujuy e La Rioja.
Em 1951 ainda não tinha terminado o seu curso de Medicina, iniciou uma grande viagem pela América Latina, recolhendo conhecimentos económicos e culturais interagindo com a população, especialmente os mais humildes.
Regressa à Argentina em 1953 conclui os seus estudos em Medicina e passa a dedicar-se à política.
Em Julho inicia a segunda viagem pela América Latina, visitou a Bolívia, o Perú, o Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala. Perante a visão de tanta miséria e impotência e das lutas e sofrimentos que presenciou, o jovem médico Ernesto Guevara concluiu que a única maneira de acabar com todas as desigualdades sociais era promovendo mudanças na política administrativa mundial.
Em Dezembro de 1953 quando chega a Guatemala, Che presencia a luta do recém eleito presidente Guzmán, liderando um governo de cunho popular, na tentativa de realizar algumas reformas de base, eliminar o latifúndio, diminuir as desigualdades sociais e garantir a mulher no mercado de trabalho.
Foi da maior importância na construção da sua consciência política, auto definindo-se, então, Che Guevara como revolucionário e posiciona-se contra o imperialismo americano.
Conhece Hilda Gadea com quem casa e tem a primeira filha, Hildita

Em 1954, no México, conhece Raúl Castro, que o apresenta ao irmão mais velho, Fidel.
Guevara faz parte dos 82 homens que partem para Cuba com Fidel, em 1956, e dos quais só 12 sobreviveram. É durante esse ataque e após ter sido duramente violentado, que Che larga a maleta de médico e substitui por uma caixa de munições de um companheiro abatido, momento este que, mais tarde, ele iria definir como marco divisor da sua transicção de doutor a revolucionário. Em seguida instalam-se nas montanhas da Sierra Maestra onde iniciam a luta contra o presidente cubano Fulgencio Batista, que era apoiado pelos Estados Unidos. Guevara toma a responsabilidade de médico revolucionário e foi-se tornando naturalmente líder seguido pelos rebeldes, que entretanto se foram fortalecendo.
Após a vitória dos revolucionários em 1959, Batista exila-se em S. Domingos e instaura-se um novo regime em Cuba de orientação socialista.
Guevara, então braço direito de Fidel de Castro, torna-se um dos principais dirigentes do estado cubano, Embaixador, Presidente do Banco Nacional, Ministro da Indústria.
Em 4 de Outubro de 1965, Fidel anuncia que Ernesto Che Guevara deixara a ilha para lutar contra o imperialismo.
Retorna à guerrilha e parte para o Congo, em África, com 100 cubanos, como comandante supremo da operação, mas, devido ao total desconhecimento da região e costumes e crenças religiosas e relações inter tribais, o "delírio africano" de Che resultou numa total decepção.
Em seguida parte para a Bolívia onde tenta estabelecer uma base guerrilheira para lutar pela unificação dos países da América Latina. Enfrenta dificuldades com o terreno desconhecido, não recebe o apoio do partido comunista boliviano e não consegue conquistar a confiança dos poucos camponeses que moravam na região. Nem Che nem nenhum dos companheiros falava a língua indígena local. É cercado e capturado a 8 de Outubro de 1967 e é executado dia 9 pelo soldado Mário Téran a mando do coronel Zenteno Anaya, na aldeia de La Higuera. Os boatos que cercaram a execução de Che Guevara levantaram dúvidas sobre a identidade real do guerrilheiro, culminando com o desaparecimento do seu corpo, que só foi encontrado 30 anos depois numa vala comum em Vallegrande, cerca de 5o km de onde ocorreu a sua execução.
A sua ossada foi encontrada sem mãos, que tinham sido amputados após a sua morte e serviram de troféu. Os restos mortais foram transferidos para Cuba a 17 de Outubro de 1997, tendo sido enterrados com honras de Chefe de Estado na presença de familiares e do líder cubano e antigo companheiro de revolução, Fidel de Castro.
Ernesto Che Guevara, el Comandante, foi considerado pela revista Time na secção de "Líderes e Revolucionários" um dos 100 mais importantes do século XX.
Na Argentina foi considerado o maior político argentino do século XX.
A imagem de Che é mítica em toda a América Latina.
O regime cubano ainda hoje homenageia Che Guevara e o seu mausoléu em Santa Clara atrai milhares de visitantes todos os anos.
Hasta siempre, Comandante
Hasta la victória final
(parte da biografia, tirada do google)


terça-feira, 10 de junho de 2008

Pastéis de nata



Num tacho com 150 gr de açúcar deite 3 dl de natas e 6 gemas de ovos. Deixe ferver mexendo lentamente, a engrossar o creme.
Forre formas com massa folhada estendida muito fina e encha com este creme.
Leve a forno esperto.

Simples, acabados de sair do forno, ou polvilhados com canela, hummmmmmmmmmm, que bom!
depois de mais uma virória, só mesmo um "pastel de nata", tipicamente dos nossos...

Receita do Convento de Arouca

A Portuguesa


Heróis do mar, nobre povo
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que hão-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra , sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Guerreiros da Luz

"Então eu repito:
Os guerreiros da luz reconhecem-se pelo olhar. Estão no mundo, fazem parte do mundo, e ao mundo foram enviados sem alforge e sem sandálias. Muitas vezes são covardes. Nem sempre agem correctamente.
Os guerreiros da luz sofrem por tolices, preocupam-se com coisas mesquinhas, julgam-se incapazes de crescer.
Os guerreiros da luz, de vez em quando, crêem-se indignos de qualquer bênção ou milagre.
Os guerreiros da luz, com frequência, interrogam-se sobre o que fazem aqui. Muitas vezes acham que as suas vidas não têm sentido.
Por isso são guerreiros da luz.
Porque erram.
Porque interrogam.
Porque continuam a procurar um sentido.
E acabarão por encontrá-lo"

Paulo Coelho

sábado, 7 de junho de 2008

Neptuno na Horta


No dia 15 de Fevereiro de 1986, sábado, entre as 12 h e as 16 h, inesperadamente, aconteceu a maior tempestade deste século nos Açores, em que o vento atingiu velocidades de cerca de 250 km/h.
José Henrique Azevedo fez fotografias durante e após a tempestade.
As ondas atingiram alturas entre 15 e 20 metros e a rebentação das ondas, chegou a atingir os 60 metros.
Dois anos depois, querendo mostrar o acontecimento com mais facilidade aos iatistas, José Henrique passou duas das fotografias de diapositivo a papel.
Descobriu então que no momento em que tinha tirado uma delas, se tinha formado, na rebentação da onda, uma figura humana (cabelo, olhos, nariz, boca e barba) dando-lhe o nome de "Neptuno da Horta"

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Nazaré








Não a outra, mas essa: a que do Sítio nos aponta o ocidente
E depois outras rotas para todos os quadrantes:
a praia de dentro
o jardim de fora e do fundo da nossa pequena
silhueta
- morte que se negou.
A solidão da praia do Norte
o assombro da luz
que alimenta a penumbra
Tudo o que por alegria calamos num passo estugado e
um pouco temeroso
Não importa, dizias tu, além é o mundo e ouve-nos
- pequeno veraneante de roupas coloridas que a alguém
entregou
sua voz seu segredo
seu nítido momento.
E agora
não a outra mas tu
a que não entra nessa história sagrada em que Ester
colocou seu cântaro perto do muro caiado
e que em Azarias achou seu derradeiro refrigério
A mão a asa perfeitamente modelada
e depois seu abalar para sempre, seu
trespassado e imperfeito corpo até à claridade
- bóias barcos refluir de vagas as máquinas
fotográficas ao ritmo do que de longe a serra da Pederneira
conserva e permite
Não a outra mas tu
a que outrora vi entre céus e uma sombra fugaz
Meu íntimo refúgio igual a mil a cem a um apenas.
As flores os fogareiros para o trabalho do peixe a jorna entregue
a quem na memória retém surpresa e saudade
ou simplesmente no cimo da falésia avistou
horizontes ruas incólumes a escuridão das dunas.
Nicolau Saião



terça-feira, 3 de junho de 2008

Para ti




Entre caixas, caixinhas e caixotes, jornais, plásticos, esferovite,
enquanto "despachamos" alguns tarecos e esperamos a altura
para a fase final das mudanças...
Numa corridinha, sem poder deixar em branco o teu dia,
36 anos, minha filha...


será que estamos a andar tão depressa? ...
não, são os passos da vida, que trazem tanta coisa,
às vezes tão rápidas, é verdade!
neste curso que já trilhaste com alguns sustos e pesadelos,
estão os mais belos momentos de toda e qualquer vida, os nossos meninos
os nossos infantes, nossos príncipes!
parabéns, meu amor!
és linda, o teu ninho é belo
e os tesourinhos que correm por aí a teu lado
jogam à bola e fazem "asneiras"...
são a nossa luz!
bem-hajas!
parabéns, muitos anos de vida


leva as flores para ti!

domingo, 1 de junho de 2008

Dia Mundial da Criança









Se calhar, as estrelas só têm luz, para cada um de nós um dia encontrar a sua...
Saint-éxupery